Sentidos do mundo

Os membros da tribo africana massai apresentam-se saltando, incessantemente, até um metro de altura. Os maoris, da Nova Zelândia, usam enfeites penianos em forma de cone que amarrados ao corpo superam a altura da cabeça. Os norte-americanos comem, no café da manhã, quatro ovos fritos com bacon e cinco panquecas cobertas de xarope muito doce extraído de folhas de árvores comuns na região.
Difícil pensar em algo comum a seres humanos tão díspares. Os sentidos certamente os une.
Mas como definir os sentidos? Estudando sua raiz e como ela possibilita que convivamos aproximadamente no mesmo mundo? Uma tarefa hercúlea. Pode-se também abordar os sentidos pelos seus efeitos, isto é, pelo que se desdobra de seus efeitos sobre o homem.
O que afinal o homem cria com o que sente?
Imagens, sons e histórias. Imagens que podem simplesmente sinalizar um caminho ou reforçar a imagem divina de um monarca. Sons para dançar e para momentos fúnebres; os haitianos dançam em seus enterros. Histórias para embalar sonos de bebês ou reforçar a identidade nacional.
E não é que os massai, os maoris, os norte-americanos e todas as outras etnias e nacionalidades no mundo têm tudo isso em comum?
A conferência de Francis Wolff tratará de definir os sentidos a partir de seus efeitos – essa abordagem criativa e provocadora -, do que se leu aqui e de mais, muito mais.